Quem conhece Maria Júlia, uma moça pequeninha de ar tranqüilo, nem desconfia de sua personalidade forte e do tamanho de seu talento em cena. A pequena recifense de 21 anos se torna grande quando sobe aos palcos com seu timbre de voz firme e se revela em cena. ‘Julinha’, como é chamada, é estudante do curso de Jornalismo na UNICAP, professora de teatro e atriz na Companhia Repertório de Teatro, do Teatro SESC Casa Amarela.
Sua carreira começou em 2003, quando tinha apenas 13 anos, pela simples curiosidade em saber como seria a vida em cima de um palco. Foi esta mesma curiosidade a responsável pelo seu encanto pela arte do teatro e por sua dedicação no curso de Iniciação de Teatro no SESC Casa Amarela. Nesta época interpretou o Príncipe na montagem da peça “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, na conclusão do curso.
Outros cursos vieram pelo SESC, nas unidades Casa Amarela, Santa Rita e Santo Amaro, além de oficinas na A Casa do Grial, no Espaço experimental e na Casa da Cultura. Júlia já participou da montagem de peças importantes em pouco tempo, como ‘O Pequeno Príncipe’, ‘Gota D’ água’, de Chico Buarque, ‘O Casamento do Pequeno Burguês’, de Samuel Beckett, ‘ O mendigo ou o Cão morto’, de Bertold Brecht, ‘Maldita Parentela’, de França Junior, ‘ A Eleição’, de Lourdes Ramalho e ‘Entre Meios’, uma adaptação dos textos ‘Dorotéia’ e ‘Viúva, porém honesta’, as duas de Nelson Rodrigues.
Samuel Beckett, destaque do Teatro do Absurdo é um de seus escritores favoritos, e Júlia gosta muito de estudá-lo, ela pretende ainda encenar seu texto ‘Esperando Godot’, que ela tanto gosta.
A atriz comentou também sobre como é ser atriz em Pernambuco, e segundo ela, é “audacioso”. Seria a melhor definição, pois o mercado do profissional de artes cênicas no estado é restrito, difícil e um tanto perigoso. É preciso sempre fazer cursos, para tornar o currículo atraente, e estudar muito para se sustentar. Também é difícil conseguir alguma vaga para uma nova Companhia, pois muito dos editais que chegam para os atores lerem já possuem uma companhia ‘escolhida’.
“No geral, o ator pernambucano é acima de tudo um guerreiro, que luta para viver de arte” termina a jovem atriz, que não pensa em deixar sua paixão de lado. O Teatro em Pauta a aplaude!
Por Juliana Isola
domingo, 30 de maio de 2010
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Que lindo! =)
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