segunda-feira, 31 de maio de 2010

The End

Enfim chegamos a este último texto opinativo, quero dizer que foi muito bom ter escrito neste blog, apesar de no início ter achado que não iríamos conseguir fazê-lo, mas enfim conseguimos atingir a nossa meta.
E neste último texto, irei abordar aquilo que não me canso de dizer, o teatro é e sempre será uma arte de todos, pois nós querermos o teatro e o teatro nos quer. Fazer teatro como já abordei em outros textos, é muito complicado, principalmente aqui em Pernambuco, mas nem por isso os verdadeiros apaixonados por esta arte desistem dela. Nosso estado pode não ter boas oportunidades de emprego para nossos atores, mas apesar disso ainda temos muitos deles tentando um espaço no cenário das artes cênicas local.
Acredito que em breve, quem deseja ser ator em Pernambuco, não vai precisar mais sair de sua terra para tentar a sorte como ator no sudeste. O que vai ocorrer é o processo inverso, o foco nas artes será Pernambuco e os atores de lá vão vir para cá.
Vamos cultivar o teatro e fazer com esta arte sempre se multiplique e não seja vista somente como uma porta para a fama.
Por Rafael Sabóia

Vamos fazer teatro?

E para quem quiser fazer teatro de qualidade, umas das unidades na capital que merece destaque é o SESC Santo Amaro. Com o novo teatro inaugurado na unidade, o teatro Marco Camarotti, o Sesc vai expandir ainda mais sua rede de teatros, que no Recife já conta com Teatro de Capiba, em Casa Amarela, Além das unidades no interior: Arcoverde e Petrolina, Caruaru, Garanhuns e Goiana.

O teatro do SESC Santo Amaro, oferece um curso teórico-prático dedicado ao estudo e investigação aprofundada da prática teatral, através de leituras de livros relacionados tanto com o teatro brasileiro quanto com o teatro de Bertolt Brecht e Augusto Boal. O conteúdo consiste em um treinamento corporal do ator, teatro épico, o estado de neutralidade, a expressividade do corpo, o efeito do distanciamento, dicção, entonação, pausa e acentuação vocal, o Teatro Oprimido, construão de peças teatrais, princípios da encenação teatral, teatro e mercado de trabalho e intervenões urbanas através do teatro. Além de oferecer uma metodologia baseada em exercícios e práticas, registro de aulas através de protocolo, apresentação de seminários, estudo e discussão de textos teóricos, ilustração de texto sobre teatro e ensaios.

Ao final de cada curso, os alunos recebem certificados e apresentam uma peça do exercício de conclusão para familiares, amigos, colegas...

Outras informações: Rua do Pombal, s/nº - Santo Amaro / Recife
Telefone: (81) 3216-1713 / 3216-1714 / 3216-1715
Email: sescsantoamaro@sescpe.com.br

Por Pérola Fonsêca

Janeiro de Grandes Espetáculos 2009

Um dos maiores eventos de artes cênicas do País. O evento, promovido pela Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), tem como diferencial uma extensa programação no Recife e em Olinda: peças de teatro, dança, ópera, shows musicais, sendo alguns inéditos, oficinas, exposição de fotos raras do teatro, seminário de dança, debates, lançamento de livro, leituras dramáticas, intervenções urbanas e entrega do Troféu Apacepe de Teatro e Dança. É um projeto de artes cênicas e, também, sobre as artes cênicas.

Por Pérola Fonsêca

Pernambuco: Uma verdadeira fábrica de atores

Pernambuco está se mostrando uma grande fábrica de atores. Se antes fazer teatro no Estado era algo visto como sem futuro, hoje histórias como a de Maria Júlia provam o contrário. Com determinação e coragem de enfrentar tudo e todos na realização de um sonho, todos nós que quisermos seguir carreira de ator ou atriz em Pernambuco, podemos fazê-lo, basta investir nisto.

O desinteresse no querer fazer teatro local, tem como principal justificativa de muitos, o fato de que em Recife não há muito espaço para o cenário teatral, sendo assim, aqueles que fazem teatro pernambucano procuram logo ir para o sudeste afim de uma oportunidade no cenário das artes cênicas de lá e assim conseguir ser reconhecido. Ledo engano de quem pensa assim.

Pernambuco tem sim espaço no ramo das artes cênicas, se assim não fosse, para que teríamos teatros históricos como o de Santa Isabel, simplismente para receber artistas de fora? A resposta é não.

O que falta ao Pernambucano é ter o espírito teatral dentro de si, ou seja, fazer com que ir ao teatro,faça parte do seu cotidiano, assim como as pessoas da região sudeste o fazem. Ir ao teatro não é um luxo para poucos, visto que hoje em dia só não vai assitir a uma peça de teatro, somente quem realmente não queira, pois já temos hoje preços populares.

Pernambuco é uma fábrica de atores, pena que estamos fabricando esses atores para benefício de outros estados e não para benefício do nosso estado.Esperamos que hitórias como a de Maria Júlia sirvam de exemplo para os que ainda "condenam" esta tão boa e velha arte moderna.

Por Rafael Sabóia

domingo, 30 de maio de 2010

Maria Júlia, muito talento em apenas 1,5 metro

Quem conhece Maria Júlia, uma moça pequeninha de ar tranqüilo, nem desconfia de sua personalidade forte e do tamanho de seu talento em cena. A pequena recifense de 21 anos se torna grande quando sobe aos palcos com seu timbre de voz firme e se revela em cena. ‘Julinha’, como é chamada, é estudante do curso de Jornalismo na UNICAP, professora de teatro e atriz na Companhia Repertório de Teatro, do Teatro SESC Casa Amarela.

Sua carreira começou em 2003, quando tinha apenas 13 anos, pela simples curiosidade em saber como seria a vida em cima de um palco. Foi esta mesma curiosidade a responsável pelo seu encanto pela arte do teatro e por sua dedicação no curso de Iniciação de Teatro no SESC Casa Amarela. Nesta época interpretou o Príncipe na montagem da peça “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, na conclusão do curso.

Outros cursos vieram pelo SESC, nas unidades Casa Amarela, Santa Rita e Santo Amaro, além de oficinas na A Casa do Grial, no Espaço experimental e na Casa da Cultura. Júlia já participou da montagem de peças importantes em pouco tempo, como ‘O Pequeno Príncipe’, ‘Gota D’ água’, de Chico Buarque, ‘O Casamento do Pequeno Burguês’, de Samuel Beckett, ‘ O mendigo ou o Cão morto’, de Bertold Brecht, ‘Maldita Parentela’, de França Junior, ‘ A Eleição’, de Lourdes Ramalho e ‘Entre Meios’, uma adaptação dos textos ‘Dorotéia’ e ‘Viúva, porém honesta’, as duas de Nelson Rodrigues.

Samuel Beckett, destaque do Teatro do Absurdo é um de seus escritores favoritos, e Júlia gosta muito de estudá-lo, ela pretende ainda encenar seu texto ‘Esperando Godot’, que ela tanto gosta.

A atriz comentou também sobre como é ser atriz em Pernambuco, e segundo ela, é “audacioso”. Seria a melhor definição, pois o mercado do profissional de artes cênicas no estado é restrito, difícil e um tanto perigoso. É preciso sempre fazer cursos, para tornar o currículo atraente, e estudar muito para se sustentar. Também é difícil conseguir alguma vaga para uma nova Companhia, pois muito dos editais que chegam para os atores lerem já possuem uma companhia ‘escolhida’.

“No geral, o ator pernambucano é acima de tudo um guerreiro, que luta para viver de arte” termina a jovem atriz, que não pensa em deixar sua paixão de lado. O Teatro em Pauta a aplaude!

Por Juliana Isola

sábado, 22 de maio de 2010

Stella Maris, Jornalista, Professora e Atriz

Pra quem conhece Stella Maris, sabe que seja em qualquer profissão ela sempre será uma excelente profissional. Somos seus alunos e podemos dizer que sem dúvida as suas aulas são bastante satisfatórias. A admiramos por ela ser quem ela é frente a esta profissão que todos nós idealizamos no futuro exercer, uma profissão que apesar das dificuldades Stella Maris prova a cada dia que ainda é possível fazer um bom jornalismo, e fazer um bom jornalismo é o que ela mais sabe fazer.

Agora estamos descubrindo o lado atriz de Stella Maris, um lado que alguns não conheciam, e que em Agosto próximo poderemos todos conferir o talento desta Mineira que adotou Pernambuco como sua nova casa, e Pernambuco a recebeu de braços abertos.

Em "Os Fuzis da Senhora Carrar", podemos conferir uma nova Stella, diferente daquela que vemos todos os dias na universidade. Uma professora séria, que não admite erros, bastante exigente e acima de tudo, com o objetivo profissional de fazer com que Pernambuco ganhe novos e excelentes Jornalistas, assim como ela o é.

Lembro que antes desta peça sair do papel, Stella comentava em suas aulas que havia uma burocracia enorme para que o autor do texto permitisse que o texto fosse reinterpretado. Um dia, ela chegou em sala de aula e perguntou quem tinha um pensamento positivo muito forte, para ajudá-la a conseguir a liberação do texto. Nossa colega Eliane com seu jeito irreverente de ser, não teve dúvidas e disse que tinha pensamento positivo e que iria ficar torcendo para ela, para que o texto fosse realizado. A cada nova aula, Stella vinha com novidades sobre os trâmites da liberação do texto da peça. Tanto pensamento positivo de Eliane, acabou dando certo e enfim Stella veio dar aula com um sorriso de uma ponta a outra dizendo que a tão esperada liberação do texto havia saído e que em Agosto deste ano poderemos vê-la atuando em "Os Fuzis da Senhora Carrar", onde ela faz a personagem principal.

Esta peça está prometendo ser novamente um grande sucesso, como foi a mais de trinta anos atrás. Para seus alunos, assim como eu que não a viram trabalhando como atriz será com certeza uma grande novidade, então assim como a própria Stella já convidou a todos para prestigiá-la, também recomendo a todos que vejam como Stella Maris é realmente uma mulher mil e uma utilidades, ela é realmente uma grande profissional, seja Stella Maris a professora, jornalista ou atriz.

Por Rafael Sabóia

Os Fuzis da senhora Carrar.



Em agosto deste ano, dia 14, a famosa peça “Os fuzis da senhora Carrar” do teatrólogo alemão Bertold Brecth, entrará em cartaz mais uma vez no Recife, dirigida por João Denis. A última montagem da peça realizada em Pernambuco foi em 1978, com a direção de Marcos Siqueira. A personagem principal, a senhora Carrar, foi interpretada por Stella Maris que volta a atuar nessa nova produção.
O tema abordado pela peça é a neutralidade versus o engajamento político, o autor contrapõe a dor da personagem principal com a questão coletiva, que era a guerra civil na qual a Espanha se encontrava. A senhora Carrar é viúva de um pescador que morreu lutando contra as tropas franquistas que dominavam o país. Como ela perdeu o marido na guerra, acabou por assumir uma posição de neutralidade, com medo de perder seus filhos que estavam sedentos por vingança. Todo o resto da comunidade local era Republicana a favor da revolução. A senhora Carrar torna-se uma personagem principal por possuir Fuzis escondidos em sua casa que pertenciam ao falecido marido, e as armas eram indispensáveis na luta contra o general Franco.
A idéia de produzir novamente a peça, surgiu após uma pesquisa realizada por Stella Maris, Alexandre Figueirôa e Claudio Bezerra, professores da Unicap, que tinham o objetivo de resgatar e contextualizar a história de três grupos de teatro do recife: Teatro popular do nordeste (TPN), Teatro Borba Filho e o Vivencial Diversões. A pesquisa interligou os três grupos pelo viés da transgressão, que podia ser ideológica, estética ou de costumes. Os pesquisadores queriam dar vida às pesquisas. A idéia era fazer uma trilogia das peças que já haviam sido trabalhadas pelos grupos de teatro, criando uma trilogia da transgressão. A primeira parte será "Os fuzis da senhora Carrar", que começando pelo dia 14, terá 13 exibições, sempre aos sábados e domingos às 18h.

Por Davi Regis

domingo, 16 de maio de 2010

TEATRO É AO VIVO, VÁ VÊ!

Como diz o slogan da Associação de Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco( APACEP), "Teatro é ao vivo, vá vê", o teatro realmente se diferencia e muito do cinema e da televisão. No teatro sentimos as emoções ali bem pertinho dos atores, é nele que chegamos até a ser coadjuvantes nas peças as quais vamos assistir. É no que chamo de "Berço das Emoções" que presenciamos o belo, o feio, o bem e o mau, é nele que nos identificamos com os personagens que ali estão, em cada cena, no abrir e fechar das cortinas. Não estamos nas cochias, mas sentimos aquele mesmo friozinho na barriga que os atores sentem antes do início de cada espetáculo.

O teatro não tem idade, nem classe social, ele é de todos e todos fazem parte do teatro, afinal todos somos atores, pois a vida imita a arte, e a arte imita a vida.

O que sabemos é que projetos como o do grupo de teatro da Universidade Católica de Pernambuco(UNICAP), ajudam e sempre vão continuar ajudando a propagar esta arte que a longo tempo se destaca. É muito bom saber que o teatro na católica que estava ameaçado de não mais voltar a ser executado, está voltando e com a força toda. Devemos sempre que podemos incentivar tanto nas escolas como nas universidades a prática desta arte tão antiga nascida na Grécia e que passou no decorrer dos anos por várias mudanças.

O teatro não serve apenas para formação de novos atores e atrizes, mas também como uma verdadeira terapia contra a correria do dia a dia, ele serve também para ajudar no relacionamento social com as pessoas, ele faz com que as pessoas possam encontrar outras pessoas parecidas ou totalmente diferentes delas mesmas, ele ajuda na desinibição, ele proporciona abrir a mente para a imaginação.

O teatro trabalha corpo e alma, o teatro não escolhe ninguém, somos nós que escolhemos o teatro.

Se a Unicap decidiu investir nesta arte, quem sabe no futuro ela não abra um curso de artes cênicas? Assim como já temos na Universidade Federal.
Teatro é ao vivo, vá vê!!!

Por Rafael Sabóia

sábado, 15 de maio de 2010

Apresentação teatral promovida pelo curso de História no Católicas In

Apresentação teatral que o curso de Hitória da Universidade Católica de Pernambuco organizou, no evento do Católica In 2010.

Personagens:

  • Alexandre - O Grande: Igor Gominho
  • Hitler: João Carlos Gomes
  • Olga: Isis da Paixão

Gravação:

  • Por Tifanny Valente

O Teatro da Universidade Católica de Pernambuco

O Teatro da Universidade Católica de Pernambuco (TUCAP) está sem funcionar a um bom tempo. No mês de janeiro deste ano (2010), tentaram reabrir a partir de uma oficina. O projeto chamava-se 7FACES em homenagem ao escritor Carlos Drummond de Andrade, e em setembro de 2009 conseguiram realizar essa peça no corredor do bloco G da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

O DCE da universidade ofereceu uma ajuda ao grupo de teatro, onde os alunos poderiam participar com uma taxa simbólica de cinco reais. No final do mês de abril deste ano, o diretor de teatro Ednaldo Reys – conhecido como Zanel – e o professor do curso de letras Robson Teles, criaram uma nova peça chamada de “O segredo da arca de Tancroso”. Com isso os ensaios voltaram a acontecer e em tese, o teatro da Unicap reabrirá.

Interessados a participar do grupo terão uma oportunidade. A aluna do curso de história Jéssica Silvestre e o aluno do curso de ciências biológicas Igor Gominho – ambos membros desse grupo de teatro – se responsabilizaram pela divulgação da inscrição que será feita através de cartazes e pela internet.

Na tarde da última sexta-feira (14) desse mês de maio, Igor Gominho junto com mais dois membros do grupo de teatro amador – João Carlos Gomes e Isis da Paixão - fizeram uma demonstração teatral realizada pelo curso de história no evento Católica In da Unicap. Igor interpretou Alexandre O Grande, João Hitler e Isis Olga. “Colocamos personagens importantes de todos os tempos, para mostrar que o curso de história é interessante, dinâmico e divertido”, contou a aluna do curso, Lizabethly Petronio.

Por Tifanny Valente

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Video - Teatro com Agélica Zenith

Por Tifanny Valente

Leões do Norte também têm talento

Assim como nosso ator e escritor pernambucano Fausto Filho, temos milhares de talentos em nossa terra no cenário das artes cênicas, porém sem sabermos o real motivo, esses nomes de Pernambuco não são valorizados por seus próprios conterrâneos ou até mesmo nem sabem que atores como Fausto existem. A consequência disso é a mudança de cidade desses atores "amadores" para os lugares considerados de maior destaque no cenário das artes, que em geral são o Rio de Janeiro e São Paulo. A princípio, esses atores que são tidos como "amadores" por aqui, lá poderiam ter uma oportunidade de mostrar e provar aos cariocas ou paulistas e até aos pernambucanos que têm o mesmo talento que um ator com prestígio nacional, como por exemplo, Tony Ramos ou Antônio Fagundes.

O que poderíamos nos questionar, seria o por quê que ainda o cenário pernambucano de artes cênicas está pouco prestigiado? Por que nossos atores não são valorizados por seus próprios conterrâneos? Por que as pessoas preferem pagar preços abusivos, para assistir a peças de teatro com atores conhecidos nacionalmente e não podem pagar cinco reais, para assistir a uma boa peça com atores de nossa terra? Será que guardamos em nossa memória atores pernambucanos consagrados como Geninha da Rosa Borges? Reinaldo de Oliveira, Ivanildo Silva, Diná de Oliveira, Fausto Filho, entre outros? É bem provável que não.

Só o que nos resta é sempre ter em mente que os Leões do Norte também tem talento e que enquanto não soubermos valorizar o que é nosso, nosso cenário artístico local nunca será respeitado nem mesmo por nós mesmos. Cursos e mais cursos de teatro aparecem dia e noite aos nossos olhos, berços de talentos são criados a todo o momento, o que resta é fazer com que esses talentos sejam desenvolvidos aqui e que por aqui sejam reconhecidos por quem é da terra e também reconhecidos por quem visita a nossa terra e também quando nossos atores e atrizes pernambucanas viajarem o Brasil divulgando seus espetáculos, do mesmo jeito que os atores nacionais fazem, quando conseguem tirar o "dinheiro de nosso bolso". Ainda não sabemos que os Leões do Norte estão a solta e bem do nosso lado. Poderíamos muito bem seguir o velho poema que diz que as "Aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá", ou seja, gorjeiam da mesma forma ou até melhor do que as de lá. Pernambuco é cultura e a cultura é de Pernambuco.

Por Rafael Sabóia

A história teatral de Fausto Filho

A escassez de oportunidades no cenário artístico de Pernambuco levaram o ator Fausto Filho, de 30 anos, a buscar seu sonho na 'cidade que nunca dorme', São Paulo. Isto aconteceu no ano de 2003, quando já havia feito outras oficinas por lá desde 2001.

A sua primeira oficina de teatro foi com Ronaldo Siambroni e Márcia Leal, passando por nomes conhecidos do teatro paulistano, como Beto Junqueira, com quem fez uma oficina mais voltada para a televisão e o cinema. Fausto também estudou corpo com Bete Turcan, Enês Aranha e Max Pagula. Em 2003 estreou a peça 'Run Bacardi', de Eugênio Anil, com o grupo Tapas De Teatro. Esta peça ganhou o prêmio Shell por Melhor Cenário e concorreu na categoria de Direção Musical.

Depois trabalhou com a Companhia Dos Pornográficos, originária de Portugal, onde foi convidado para trabalhar na peça 'Camaradagem' por Eduardo Arouxa, em 2006. Trabalhou em outras produções com ele, como em 'Executivo' e 'Mandracúra', fazendo mais contra-regragem e pequenos papéis...

Mas foi seu gosto pela escrita de peças teatrais que o trouxe de volta ao Recife, onde deseja montar textos de teatro. Até agora ainda não conseguiu nenhum, mas foi através de um desses textos, intitulado 'Umbú Rei', que nasceu um curta metragem já exibido em festivais de São Paulo e que foi recentemente selecionado numa amostra nacional.

Fausto continua com seus trabalhos e roteiros para filmar, e ensaia e dirige uma peça juntamente com a atriz gaúcha Sandra Ponsanni e com Kléber Lourenço, ator pernambucano que já fez diversos trabalhos por aqui. Ele também ministra aulas de teatro e interpretação para TV e cinema na Escola de Arte Hipérion, localizada na Rua Padre Anchieta, 458, no bairro da Torre. Outras informações através dos telefones 34454571 e o 30885620


Por Pérola Fonseca